Sobre
André Bernardo
Nasci nesta aldeia, Milhão, e, tal como todas as crianças da altura, desde garoto comecei a ajudar os meus pais a tratar dos animais. Sempre gostei de animais e de andar pela aldeia e pelos campos. Mesmo quando estudava, acabava sempre por dar uma mão nos trabalhos agrícolas. Tive ainda um emprego como segurança privado mas, com a morte precoce do meu pai, acabei por tomar a decisão de trabalhar com a minha mãe na lavoura, tornando-me agricultor a tempo inteiro.
“Já o meu pai tinha gosto em ter a Churra Galega Bragançana no rebanho. Antigamente tínhamos a Branca, mas em 2015 mudei para a Churra Galega Bragançana Preta, porque estava mais ameaçada e senti-me incentivado a dar um apoio na salvaguarda desta raça.”
A minha mãe, Anunciação Bernardo Morais, faz o pastoreio extensivo e eu sou responsável pelo fabrico da pastagem e da forragem que armazenamos na primavera/verão para o resto do ano. Houve também uma época em que passei a fazer a tosquia. Quando comecei, o nosso rebanho era de 500 animais e eu tosquiava as ovelhas manualmente. Depois apareceram as máquinas e, além das minhas, ainda tosquiava os rebanhos de outros psstores. Houve um ano em que cheguei a tosquiar 20.000 animais. Atualmente, faço a tosquia a cerca de 10.000 ovelhas por ano.
Na nossa região temos de fazer um pouco de tudo. Como sou dos poucos jovens que vivem na aldeia, sou solicitado pelos vizinhos para ajudar na campanha da azeitona e na realização de outros trabalhos agrícolas.
Na nossa região temos de fazer um pouco de tudo. Como sou dos poucos jovens que vivem na aldeia, sou solicitado pelos vizinhos para ajudar na campanha da azeitona e na realização de outros trabalhos agrícolas.